Não posso ser crível no que expresso em linhas posto que, para a maioria isto sequer são linhas e eu sou, provavelmente, um dos que não são disso.
"Queria trazer-te uns versos muito lindos
trago-te apenas estas mãos vazias
que vão tomando a forma do teu seio. "
(Quintana)
Também não nunca fiz questão do contrário. Por que não vinha ao caso?
Minha sensação é de as coisas não serem bem isso. Sempre o caso de não vir ao caso. E a minha desculpa para não ser nada vai, invariavelmente, ser a de repetir estas últimas palavras em que também não quis alterar nada.
Esta minha postura seca que alterna-se entre cômoda e incômoda é quase amor aos fatos. Quase sempre. Mas sempre menos, no entanto.
Prefiro me mexer muito, todavia, só para levantar poeira. Chafurdo o solo do fundo, faço até descolar-se um limo antigo, umas páginas secas. Aí, de novo sumo na nuvem densa de cinzas e verdes e ela tarda. Só mais isso: enquanto tornam as águas claras, vagarosamente vai sendo possível me divisar as feições, praticamente no mesmo lugar.
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