Poesia não é para nada.
Poesia tu juntas pela rua
toma banho, esquece,
e sai pelado.
Poesia me tira a vontade
poesia não vem
(me afasta)
É para não ter graça
tira a casca e engole crua.
Não é luz dourada, não é âmbar e nácar
é madeira verde, nem talhada
escultura magnética
estátua de Budha em terracota
miolo de pão.
Tu a vês ali,
e nem era o altar que preparaste pra ela.
Poesia não vende: compra.
Mentira, não compra,
dá a si mesma e não fica.
Vê-la, se quer-se, é muita.
Para dizê-la, todavia, sobre-rara
Sequer coisa que anda, chama e espera.
Tenha olhos, a veja, e vá a seu encontro.
E que o resto seja dela.
5 comentários:
Eu vejo poesia mas tenho dificuldade de escrevê-la em poema. Mas desde que eu escrevi aquele, ando com vontade de escrever mais. Se a gente "cata na rua", tem que sair, né?
É. E é o que mais acontece comigo. Às vezes, nem isso...
Mas olha, o importante é tu não perder nenhuma oportunidade. Quando estiveres pressentindo a presença dela, encontre caneta e papel.
André que belo poema
cheio da essência daquilo que acreditamos ser poesia.
olha temos dois modos de participar do nosso blog e do nosso impresso que vai para os nosso assinantes gratuitos. confira como http://bit.ly/ggpRYM e aqui http://bit.ly/emgj8o
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Ah André,
que palavras agradáveis as suas..
Fico feliz por ter apreciado o Cotidiano, viu?!
São meras epifanias, meros recortes de instantes e olhar de poesia das coisas que vejo e de repente me vem.
Gratíssima pela sua atenção por lá, volte sempre para mais umas boas xícaras de prosa, com poesia e o que mais couber.
Também estimei tanto teu blog e teus versos.
Fico cativa e apareço mais por aqui sempre sempre.
Um abraço!
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