quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Para não ver navios

Para não ver navios
me interiorizei,
Assim também eu parei de partir.
Agora imóvel, ou quase: semimovente,
quase paro, ausente, diante do rio.
Hoje tem névoa.
E o interior branco dela sobre mim,
são as águas.
E no interior espalhado dela sobre as águas,
sou eu.
Era.
Surpreendente, um navio atracou.

2 comentários:

Lilly disse...

Ai, fiquei tão triste no início...
Xô, melancolia!

André Lima disse...

Não fique, o navio sempre atraca!