quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sobre meus hábitos




Para não precisar de um cigarro,
precisaria voltar ao estado
de imbecil em mim que tu preenchias.
Te fumo agora, imbecil.
Eu, o imbecil-tu que me fazias.


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Eu saí e quase comprei um livro ou dois, não o fiz. Há cinco anos, tê-lo feito, seria mais verdadeiro. Hoje eu estou como que viciado nestes modos. Para harmonizar qualquer coisa, sigo, condicionadamente um caminho conhecido, assimilado e não estrangeiro. Vulgar em relação a mim mesmo.


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Acho que a gente corre o risco de ter aprendido demais, quando já não há visão sem símbolos. Quando não há percepção sem a lembrança de um deles. Ser excessivamente analítico te torna um místico, dos bons. O oráculo é sempre guardado por um doente. Que tem razão mesmo adoecido. Loucos conhecem a realidade por motivos de loucura.



3 comentários:

Lilly disse...

Do pouco que pude absorver das filosofias que você me recomendou, percebo que dentro dos grande filósofos, por mais explicada que seja a teoria, sempre reside a incerteza quanto ao místico. A chave da questão, que nos faz oscilar entre a explicação e a incerteza, parece ser que por mais que pensemos, ninguém sabe de verdade porque estamos aqui.

Acho interessante que você reflita sobre os seus hábitos, coisas que passaram e voltaram ou que já não voltaram com o mesmo gosto. Assim é a vida.

Beijos!

Lilly disse...

Li Clarice e lembrei de você.

André Lima disse...

Lilly!

Quanto tempo não entro aqui. Uma alegria ver teus comentários.

Fico lisonjeado, o que foi que tu andou lendo??