Bolha de gás
é ar,
que no copo
sobe gota.
Respiração é espaço descampado. É ter onde esperar. É um lugar de onde se pode ver quem chega.
sábado, 25 de setembro de 2010
sábado, 11 de setembro de 2010
Odalisca Andróide
Por alguma vaidade, vou revelar àqueles alguns que sei que me lêem, que irão se decepcionar, talvez, com esse novo post. É que, após meses, em vez de originalidade, traz só citação. Ok, mas é uma citação nova, no sentido de ser das que eu não faria até pouco tempo.
Um texto de Fausto Fawcett (sim, ele mesmo), que descobri aqui.
Dêem atenção à Bethânia, não a mim.
Um texto de Fausto Fawcett (sim, ele mesmo), que descobri aqui.
Dêem atenção à Bethânia, não a mim.
Odalisca Andróide:
"Eu estou sempre aqui, olhando pela janela. Não vejo arranhões no céu nem discos voadores. Os céus estão explorados mas vazios.
Existe um biombo de ossos perto daqui. Eu acho que estou meio sangrando.
Eu já sei, não precisa me dizer. Eu sou um fragmento gótico. Eu sou um castelo projetado. Eu sou um slide no meio do deserto. Eu sempre quis ser isso mesmo. Uma adolescente nua, que nunca viu discos voadores, e que acaba capturada por um trovador de fala cinematográfica. Eu sempre quis isso mesmo: armar hieróglifos com pedaços de tudo, restos de filmes, gestos de rua, gravações de rádio, fragmentos de tv.
Mas eu sei que os meus lábios são transmutação de alguma coisa planetária. Quando eu beijo eu improviso mundos molhados. Aciono gametas guardados. Eu sou a transmutação de alguma coisa eletrônica. Uma notícia de saturno esquecida, uma pulseira de temperaturas, um manequim mutilado, uma odalisca andróide que tinha uma grande dor, que improvisou com restos de cinema e com seu amor, um disco voador".
Júlia, sabe aquele papo sobre a Nova Mítica? Pois é...
"Eu estou sempre aqui, olhando pela janela. Não vejo arranhões no céu nem discos voadores. Os céus estão explorados mas vazios.
Existe um biombo de ossos perto daqui. Eu acho que estou meio sangrando.
Eu já sei, não precisa me dizer. Eu sou um fragmento gótico. Eu sou um castelo projetado. Eu sou um slide no meio do deserto. Eu sempre quis ser isso mesmo. Uma adolescente nua, que nunca viu discos voadores, e que acaba capturada por um trovador de fala cinematográfica. Eu sempre quis isso mesmo: armar hieróglifos com pedaços de tudo, restos de filmes, gestos de rua, gravações de rádio, fragmentos de tv.
Mas eu sei que os meus lábios são transmutação de alguma coisa planetária. Quando eu beijo eu improviso mundos molhados. Aciono gametas guardados. Eu sou a transmutação de alguma coisa eletrônica. Uma notícia de saturno esquecida, uma pulseira de temperaturas, um manequim mutilado, uma odalisca andróide que tinha uma grande dor, que improvisou com restos de cinema e com seu amor, um disco voador".
Júlia, sabe aquele papo sobre a Nova Mítica? Pois é...
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