... o meu olhar anda perdendo o foco. E o que eu perdi nisso e o que eu ganhei nisso foi a distinção que eu tinha,
de mim em relação ao que eu via. No dia em que eu saí de casa com o olhar embaçado
eu não só não cumpri a-pena-diária-que-há-certo-tempo-havia-aceitado-que-a-mim-fosse-imputada, e,
de foco difuso meu olhar se recapturou também. Perdido que não se sabia num grande silêncio de coisas visíveis. Eu vaguei no turvo, até ser surpreendido por um bruto carneiro de lã grossa - como o de antes - só que desta vez de um esverdeado amável e fosfóreo. E neste dia eu a tudo amei de novo
no outro
no novo outro
no futuro das coisas
e em mim. No embaçado desse dia de um tempo tão curto, eu captei algo enfim mais de acordo com minha alma fluida do que as coisas que por anos de visão focada eu persegui.
3 comentários:
Olá! Pode parecer silly, mas se quiser participar do meme, será um prazer. Entra no meu post 'meme' para maiores detalhes.
Que lindo, André... Admiro quem sabe escrever assim, poeticamente. Eu tô mais para contadora de histórias... Andei me sentindo assim, "turva". Qq hora volto a enxergar tudo de novo... assim espero...
Não esquenta Lilly. Quem sabe tateando no breu, tu não acha o teu carneiro?
Venha sempre! abraço
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