Para não precisar de um cigarro,
precisaria voltar ao estado
de imbecil em mim que tu preenchias.
Te fumo agora, imbecil.
Eu, o imbecil-tu que me fazias.
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Eu saí e quase comprei um livro ou dois, não o fiz. Há cinco anos, tê-lo feito, seria mais verdadeiro. Hoje eu estou como que viciado nestes modos. Para harmonizar qualquer coisa, sigo, condicionadamente um caminho conhecido, assimilado e não estrangeiro. Vulgar em relação a mim mesmo.
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Acho que a gente corre o risco de ter aprendido demais, quando já não há visão sem símbolos. Quando não há percepção sem a lembrança de um deles. Ser excessivamente analítico te torna um místico, dos bons. O oráculo é sempre guardado por um doente. Que tem razão mesmo adoecido. Loucos conhecem a realidade por motivos de loucura.