... o meu olhar anda perdendo o foco. E o que eu perdi nisso e o que eu ganhei nisso foi a distinção que eu tinha,
de mim em relação ao que eu via. No dia em que eu saí de casa com o olhar embaçado
eu não só não cumpri a-pena-diária-que-há-certo-tempo-havia-aceitado-que-a-mim-fosse-imputada, e,
de foco difuso meu olhar se recapturou também. Perdido que não se sabia num grande silêncio de coisas visíveis. Eu vaguei no turvo, até ser surpreendido por um bruto carneiro de lã grossa - como o de antes - só que desta vez de um esverdeado amável e fosfóreo. E neste dia eu a tudo amei de novo
no outro
no novo outro
no futuro das coisas
e em mim. No embaçado desse dia de um tempo tão curto, eu captei algo enfim mais de acordo com minha alma fluida do que as coisas que por anos de visão focada eu persegui.
Respiração é espaço descampado. É ter onde esperar. É um lugar de onde se pode ver quem chega.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Foi no dia 15
Eu: “Descreva”.
“Inexplicável”. Dirias a mim enquanto ri.
Riríamos os dois então...
E desde isto não viria um dia
em que nele todo eu teria feito outra coisa
senão explicar-te para mim através de meus olhos
colados em ti.
Estava sozinho e não sabia. De repente, cri
que para todas as pessoas não havia
nada
que não resultasse de um primeiro sorriso-olhar.
Ou seja lá o que fosse...
Simplesmente porque era possível pensar e dizer tudo isso a ti
ou outra coisa
ou o contrário de tudo isso.
Seria possível porque desde o início
poderiam teus olhos soltos
livres em mim
transcender o que deixo visível,
me permitir. Me impedir?
Olhos que não são só pra ver. Verdes?
Tudo só pensado.
Tu: “Como surgiu essa intimidade assim?”
E pensaria bem claro para que percebesses que também sei telepatizar:“Não. Eu, permissivo, pedi”
“Inexplicável”. Dirias a mim enquanto ri.
Riríamos os dois então...
E desde isto não viria um dia
em que nele todo eu teria feito outra coisa
senão explicar-te para mim através de meus olhos
colados em ti.
Estava sozinho e não sabia. De repente, cri
que para todas as pessoas não havia
nada
que não resultasse de um primeiro sorriso-olhar.
Ou seja lá o que fosse...
Simplesmente porque era possível pensar e dizer tudo isso a ti
ou outra coisa
ou o contrário de tudo isso.
Seria possível porque desde o início
poderiam teus olhos soltos
livres em mim
transcender o que deixo visível,
me permitir. Me impedir?
Olhos que não são só pra ver. Verdes?
Tudo só pensado.
Tu: “Como surgiu essa intimidade assim?”
E pensaria bem claro para que percebesses que também sei telepatizar:“Não. Eu, permissivo, pedi”
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