domingo, 24 de março de 2013

Série de águas XX

Rio enlameado da China
que esteve em tudo, desde o início
água pesada de sal da Arábia
que soube valer sempre o a que veio
em minha mão, meu copo.
teu chá de frutas
todas as coisas.
em cada mínimo, um de nós.




8 comentários:

Lilly disse...

Me deu impressão de que na superfície tudo vai leve mas no fundo pesa... Todo mundo é denso no fundo, eu acho.

Lilly disse...

Me deu impressão de que na superfície tudo vai leve mas no fundo pesa... Todo mundo é denso no fundo, eu acho.

André Lima disse...

E, mais importante, do mesmo "denso" que os outros.

Lilly disse...

Fiquei refletindo sobre isso. Se a lama é a mesma...

André Lima disse...

Hum? continue...

Lilly disse...

Eu acho que todo mundo tem uma lama no fundo que ninguém vê. Essa lama pode ser mais densa ou menos densa. O material não é necessariamente o mesmo. Algumas pessoas constantemente transbordam, a lama vem à tona com qualquer garoa boba. No seu verso, achei que fala de duas pessoas, e do leve que é compartilhado, embora no fundo exista a lama. Acho que a lama é no final (tão trágico como desde o princípio) sempre nossa mesmo. Ninguém consegue drenar esse rio, a não se nós mesmos...

André Lima disse...

Lilly, agora quem tem que pensar sou eu.

Destaco o grande acerto, o que conflui do que tu dizes, com o que acredito: o outro. Sim são duas pessoas porque só pela existência desse outro e uma situação qualquer, é que temos (eu tive) a oportunidade de perceber tudo isso que você viu aí e eu agora to decidindo se escrevi ou não.

Ufa.

Lilly disse...

hahaha... relaxa André! Vc escreveu e eu li com meus olhos.. ;) Beijos.